RAÇAS MISTAS
ANGLO-NUBIANA Originária da Inglaterra, do cruzamentos com cabras comuns Inglesas X bodes Nubianos importados da Nubia, India e Arábia. O resultado foi uma raça muita rústica. A cabeça apresenta um típico e acentuado perfil convexo. Orelhas grandes, largas e pendentes, terminando em ponta voltada para frente, pavilhão interno voltado para a face. Normalmente é mocha, mas pode apresentar chifres. Pêlo curto e lustroso, com coloração extremamente variável, desde preta a branco em todas as tonalidades, ou manchada , sem predominância de qualquer cor. As cores castanho-escuro ou vermelho também são habituais, outras castanhas, amarela, cinza, apatacada (tartaruga). Produção leiteira: 2 a 4 l/dia, com 4,6% de gordura. No Brasil tem grande porte; orelhas grandes, largas e pendentes, com as extremidades voltadas para fora; chanfro convexo; presença ou não de chifres; pelagem de cores variadas exceto a totalmente branca, sendo mais comum as cores preta, vermelha, parda e suas combinações; pelos curtos. Aptidão: Carne e leite.
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| CANINDÉ
Origem – Raça naturalizada do Nordeste Brasileiro e provavelmente originária da raça Grisonne Negra, dos Alpes Suíços. Alguns afirmam que o nome é oriundo de "Calindé" que era a tanga branca, de algodão rústico, usada pelos escravos. O escravo vestia sua "calindé" da mesma maneira que essa cabra vestia a sua "calindé", alusão da parte baixa do corpo de cor branca, mantendo-se o restante de cor preta. Outros afirmam ter origem da região do Vale do Rio Canindé, no Piauí. O nome consolidou-se como Canindé. Este, significa "faca pontuda", usada principalmente no Sertão Cearense ou também pode significar as pedras ou lascas rochosas que serviam para afiar lâminas ou peixeiras no sertão do Piauí.
Características - Apresenta a cabeça negra, com mancha baia, de tamanho variado, na região da garganta. Na face, uma faixa branca ("lágrima") estreita percorre a arcada orbitária pelo lado interno (cranial), descendo até os lacrimais, ou pouco mais. Os pêlos da parte externa da orelha são negros, mas claros na parte interna e nos bordos são claros. O focinho é negro. A linha branca ventral tem início na base do peito, seguindo pelas axilas, passando pela região inguinal e pelas nádegas, chegando até á base da inserção da cauda, onde os pêlos das bordas inferiores são claros. Os membros dianteiros e traseiros são negros na frente e brancos atrás, com exceção dos joelhos que são brancos, tanto na frente como atrás. Os cascos são sempre negros. E comum encontrar-se animais com pelagem preta e vermelha ao invés de preta e baia. Apresenta peso corporal médio de 35 kg a 40 kg e altura aproximada de 55 cm. São rústicas e prolíferas. Aptidão – Mista e pele.
MAROTA
Origem - Tipo naturalizado do Nordeste brasileiro, que se originou de raças trazidas pelos colonizadores. Provavelmente se originou da própria alpina branca. Encontrada nos sertões da Bahia, Pernambuco e Piauí.
Características - Apresenta pelagem branca ou baia. Em geral, apresenta barba e pequenas pintas pretas nas orelhas, que são de tamanho pequeno e com pontas arredondadas. Os pêlos são um pouco maiores nos machos. A cabeça é ligeiramente grande, vigorosa; os chifres são bem desenvolvidos, divergentes desde a base e voltados levemente para trás e para fora, com as pontas reviradas quase sempre para frente, são grossos na base e afinando para as pontas. o pescoço é delgado, propiciando ao animal um aspecto elegante; a linha de dorso é reta; a garupa é levemente inclinada; o corpo é ligeiramente alongado; os membros são alongados, fortes e bem aprumados, terminando em cascos claros; a pele e as mucosas são claras, com pigmentação na cauda e face interna das orelhas, que nem sempre são pigmentadas; o úbere é bem conformado, embora pouco desenvolvido, com tetas claras. Apresenta, em média 36 kg de peso corporal. Aptidão – Mista e pele.
GRAÚNA
Origem - Tipo naturalizado do nordeste brasileiro, provavelmente, descendente da raça Murciana, trazida da zona árida da região sul da Espanha. Também, conhecida por Preta Graúna ou Preta de Corda.
Características - Apresenta pelagem preta, sem quaisquer outras nuanças. É rústica, com peso corporal entre 35 kg e 40 kg. Aptidão – Mista e pele.
MOXOTÓ
Origem - Raça naturalizada do Nordeste brasileiro. Foi introduzida no País pelos colonizadores, é rústica e adaptada a zona semi-árida da região Nordeste. A origem do nome "Moxotó" provém do vale do Rio Moxotó, no Estado de Pernambuco, onde se concentrava a raça. Na atualidade é criada, principalmente, nos Estados da Bahia, Ceará, Paraíba, Pernambuco e Piauí.
Características - Apresenta pelagem branca, com o ventre, uma lista que se estende do bordo superior do pescoço à base da cauda, duas faixas longitudinais que se extendem até a ponta do focinho e as extremidades dos membros, de coloração preta. As orelhas são pequenas e as mucosas, as unhas e o úbere, pigmentados. O peso médio das fêmeas é de cerca de 31 kg, com uma estatura média de 62 cm. Aptidão – Carne e pele.
RAÇAS TIPO CARNE
BOER Originária da África do Sul, a raça boer é o resultado do cruzamento de várias raça de cabra, especialmente de cabras Indianas com a Angorá. Essa seleção vem sendo feita desde o final do século passado, quando os criadores procuraram, através de seleções, criar animais rústicos, bons produtores de leite, que produzissem carne de boa qualidade com melhor aproveitamento de carcaça e que apresentassem melhor conversão alimentar, com o melhor peso. São animais robustos, pesados e harmônios, cabeça proeminente, com chifres forte, de comprimento moderado, posicionados bem distantes e tem uma curva inversa gradual, tendendo a sair para as laterais. Os animais são brancos com o pescoço avermelhado, pêlo curto e macio.  |
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SAVANA
Origem – a raça surgiu em meados de 1957 na África do Sul, a partir de acasalamentos realizados pelo criador D.S.U.Cilliers e seus filhos, de fêmeas com pelagem colorida com um reprodutor branco. O núcleo inicial expandiu-se para cerca de cem outros na própria África do Sul. Desde o início, a seleção foi dirigida para se obter animais de pelagem branca e muito resistentes aos parasitas, com eficiente produtividade em carne. O hábitat destas cabras brancas seria no campo tipo Savana, perto do rio Vaal, vivendo em condições edafoclimáticas extremamente precárias. Como resultado da seleção natural somente teriam sobrevivido os mais aptos. Por isso, se admite que o manejo sanitário da raça Savana é simples e de baixo custo.
Características - A cabeça é triangular; as orelhas são de comprimento médio a longo. A pele é flexível, grossa, totalmente pigmentada de preto e os pêlos são curtos. O Savana é um caprino de grande porte, os machos podem passar de 130 kg. As fêmeas pesam normalmente entre 60 kg e 70 kg. Os animais são compridos, de boa conformação de carcaça, lombo comprido e largo, com pernil bastante desenvolvido. Os aprumos são bem definidos com membros fortes, ligamentos robustos, bom desenvolvimento muscular e ossos, quartelas e cascos muito fortes.
Aptidão – Corte.
AZUL
Origem - Tipo naturalizado do Nordeste Brasileiro. A cabra Azul é originalmente africana e pertence ao grupo "Wad", que significa "West African Dwarf", ou "cabras pequenas do oeste africano". Nos Estados de Pernambuco, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará encontra-se a maioria dos animais da raça ou tipo racial, entretanto, são próprios da caatinga do Estado do Piauí. É conhecido também pelas denominações de Azulego, Azulona, Azula e Azulanha.
Características - A pele é escura, as mucosas nasal e perineal são negras ou em tom cinza-escuro. A pelagem é azulada ou cinza-azulada, podendo apresentar as extremidades bastante escuras. Algumas apresentam o debrum isto é, o contorno da orelha também escuro. Animais com peso médio em torno de 34 kg a 36 kg. Rústica e adaptada ao ambiente semi-árido.
Aptidão – Carne e pele.
GURGUÉIA
Origem - É um tipo nativo do Nordeste brasileiro. Alguns autores sugerem ser descendente da cabra Charnequeira de Portugal. Seu nome se deve a um afluente do rio Parnaíba, no Piauí.
Características - Apresenta pelagem vermelha escura com ventre de cor baia a castanha, linha dorso-lombar, ventre e parte inferior dos membros de cor preta. Perfil retilíneo; chifres voltados para cima e para trás, com as extremidades também voltadas para trás; orelhas pequenas; pescoço proporcional à cabeça e ao corpo; linha de dorso reta; garupa curta e inclinada; corpo ligeiramente alongado; cascos escuros. Pesam em média 36 kg. Aptidão – Carne e pele. |
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REPARTIDA Origem - Tipo naturalizado do Nordeste brasileiro, também conhecida como "Surrão", que significa, pessoa suja ou roupa rasgada e suja. Observa-se animais do tipo Repartida oriundos do cruzamento de animais da raça Alpina Francesa com animais de pelagem parda, possivelmente, esta é a origem desse tipo de animal.
Características - Apresenta a pelagem dividida ao meio, com duas cores distintas, sendo em geral, a parte anterior de cor baia e posterior preta. Admite-se, porém, o inverso, isto é, que a parte anterior seja escura e a posterior baia. A delimitação da cor da pelagem entre o anterior e o posterior é irregular. Apresenta peso corporal médio de cerca de 36 kg. Aptidão – Carne e pele.
RAÇA LEITEIRA
SAANEM De origem Suiça, vale do rio Saanen nos cantões de Berna e Appenzel, é considerada uma das melhores raças para produção de leite. É uma raça cosmopolita. É um animal de grande corpulência, profundo, espesso, possuindo uma grande estrutura óssea. Pêlos curtos, orelha erecta e curta. Cabeça cônica e alongada, fina e bem elegante, fronte larga, perfil retílineo, orelhas pequenas e horizontais, olhos grandes e claros, com ou sem cornos, com ou sem barba.Pelagem uniformemente branca. Média de produção de leite: 3kg ,com 3 a 3,5% de gordura. Padrão Brasileiro possui grande porte, orelhas pequenas a medianas e eretas, chanfro reto, presença ou não de chifres, pelagem totalmente branca, pêlos curtos. Apresenta a variedade Branca-Alemã. Aptidão: Leite
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PARDA ALPINA Origem suiça, encontrada desde as regiões baixas até as regiões montanhosas.Na Suiça apresenta 2 tipos: Oberhasli-Brienz: Suiça - naturalmente mocha, produção leite(2 a 2,5 kg) 634 ±186 kg e período EMBED Equation de lactação: 9 meses (277 ± 23 dias); Grison: Mais rústica, suporta condições climáticas extremas.Apresenta chifres, Produção de leite 2 kg (515 kg ± 124 kg ) e período médio de lactação: 8 meses ( 256 EMBED Equation 26 dias ). Apresenta cabeça com perfil retílineo, fronte larga, orelhas levantadas de tamanho médio, pelagem parda (claro-acinzentado ao vermelho escuro), apresenta uma faixa negra no dorso sendo os membros escuros na parte inferior, e a cabeça assim como a cauda mais escura que o restante do corpo. No Brasil apresenta grande porte; orelhas pequenas a medianas e eretas; chanfro reto; presença ou não de chifres; pelagem de cor variada, sendo no Brasil o padrão alpino de cor acamurçada, com listra preta na linha nuca-dorso lombar até a garupa; ponta das orelhas escuras; linha preta dos olhos ao focinho; parte distal dos membros preta; ventre escuro. Aptidão: Leite. |  |
TOGGENBURG
Origem suiça, no Vale do Toggenburg : proviniente do cruzamento inicial da cabra Fulva de Saint-Gall x Saanen. Muito produtiva e rústica.
Apresenta porte médio, com cabeça bem feita e alongada, fronte larga, perfil retilíneo, pouco concava, orelhas pequenas na horizontal, sem cornos (podendo eventualmente apresentar chifres).Pêlos podem ser curtos ou apresentar fios mais compridos no dorso e na parte externa das coxas, bodes com pêlos mais longos e mais grossos. Cor castanha-cinza claro. Apresenta 2 faixas brancas que partem do lado da boca e terminam junto as orelhas. Pernas abaixo do joelho e na inserção da cauda são claras.
Média de produção de leite: 600 a 900 kg em 275 - 305 dias de lactação.
Padrão Brasileiro é de porte grande , mostrando orelhas de tamanho mediano elevadas e dirigidas para a frente; chanfro reto; presença ou não de chifres; pelagem de cor acinzentada, variando do claro ao escuro, com listras de cor clara que partindo das orelhas, passam pelos olhos e vão terminar nas comissuras labiais; focinho, parte distal dos membros e inserção da cauda de cor branca; pelos de comprimento mediano a longo.
MURCIANA Origem - A raça é originária da Espanha e insere-se no tronco das Pirinaicas (europeu). Os espanhóis têm dedicado, ao longo das últimas décadas, bastante atenção à exploração e seleção, para o aprimoramento da produção de leite. No Brasil, recentemente foi introduzido um lote desta raça por criadores do estado da Paraíba. Características - São animais de pêlos curtos e finos, de cor geralmente preta, podendo haver exemplares de cor castanho-escura. A cabeça é triangular, de perfil reto com frontal amplo e ligeiramente deprimido ao centro. As orelhas são de tamanho médio, eretas e muito móveis. É um animal geralmente mocho, de porte pequeno, com peso variando nas fêmeas adultas de 45 kg a 60 kg, e nos machos adultos de 60 kg a 70 kg. A altura média da cernelha é de 0,80m nos machos adultos e de 0,70m nas fêmeas. A média de produção é de 600 kg de leite por lactação. Aptidão – Leiteira.
RAÇAS NATIVAS, A AMEAÇA DA EXTINÇÃO
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O Brasil, país sinônimo de biodiversidade, é possuidor de um dos maiores bancos biológicos, que se bem explorado e administrado é potencialmente capaz de resgatar o valor do trabalho rural. É bom salientar que dentre vários fatores é a diversidade dos recursos genéticos, animais e vegetais, o que mais contribuiu para tornar possível a sobrevivência humana nos ecossistemas mais adversos. Em adição, é a diversidade genética que permitiu aos animais a adaptação ou resistência às doenças, aos parasitas, às amplas variações na disponibilidade e qualidade de alimento e de água. E dessa forma, sofrendo a seleção natural, os mais resistentes ou melhor adaptados sobreviveram e procriaram até os dias atuais. |
Durante décadas, a cabra e a ovelha, introduzidas no Brasil colônia, lutaram contra às adversidades climáticas e de vegetação aqui encontradas. A seleção natural comandou a formação das raças naturalizadas brasileiras, as quais são consideradas fruto da competência adquirida ao longo dos anos. Dessa forma, destruir todo esse trabalho da natureza através do cruzamento indiscriminado com animais de raças exóticas é, antes de mais nada, retroceder no tempo, sem falar na perda irreparável do nosso mais notável patrimônio genético. |
De acordo com o IBGE, o crescimento populacional do Brasil de 1990 a 1999 foi da ordem de 13,78%, fato que deveria ter repercutido diretamente no crescimento do efetivo caprino e ovino, em vista a atender a demanda por proteína de origem animal na dieta dessa população. Mas, no entanto, o que se observou foi uma queda de 25,57% no efetivo caprino e de 16,85% no ovino, fator que pode ter influenciado o efetivo de raças naturalizadas brasileiras, o qual estima-se representar 3,0% dos animais explorados no país. |
Diante dessa realidade, o desenvolvimento de tecnologias adequadas para a recuperação e uso dos recursos genéticos naturais e de programas que suportem o correto manejo do germoplasma a ser conservado, torna-se medida prioritária, principalmente por existir a possibilidade de erosão genética ou mesmo extinção de raças. |
Preocupada com essa realidade mundial, a Food and Agriculture Organization of the United Nations (FAO) criou os Bancos Regionais de Genes Animais nos países em desenvolvimento. Na América do Sul existe um na Argentina sobre a coordenação do Instituto Nacional de Tecnologia Agropecuária (INTA) e um no Brasil sobre a coordenação da Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia, em Brasília, Distrito Federal, a qual conta com vários parceiros e dentre eles a Embrapa Caprinos, em Sobral, Ceará. |
Objetivando a identificação, a caracterização e a conservação de nossos animais a Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia criou o Banco Brasileiro de Germoplasma Animal (BBGA). Para melhor coordenação desse, foram estipuladas curadorias, ficando sobre a responsabilidade da Embrapa Caprinos a curadoria do banco de germoplasma de caprinos e ovinos de raças naturalizadas do Nordeste do Brasil. Com o intuito de alimentar o banco, a Embrapa Caprinos lidera um projeto de preservação de raças naturalizadas do Nordeste do Brasil o qual contempla subprojetos com ações para caracterização fenotípica e genética, para avaliação produtiva e para conservação de sêmen e embriões. Inicialmente, estão sendo estudadas as raças Moxotó e a Repartida na forma in situ e ex situ (sêmen e embriões). Porém, o banco já conta com germoplasma criopreservado das raças Marota e Canindé. |
Os métodos de conservação in situ e ex situ são complementares. E sendo a criopreservação de germoplasma, uma estratégia complementar para a conservação de animais vivos, estimular a exploração racional (conservação) dessas raças pelo produtor é o caminho mais curto e eficaz para se garantir, ao longo do tempo, a continuidade desses rebanhos naturalizados. |
Para a preservação in situ é aceitável um nível de 0,5% de endogamia por geração, e estima-se que o tamanho de um núcleo de preservação para ovinos deve ser de, no mínimo, sessenta (60) fêmeas e vinte e dois machos (22) com alta variabilidade genética entre os indivíduos, permitindo a formação de várias famílias, sem levar à perda de características gênicas. No entanto, para manter a variabilidade genética como a de uma população original é necessário o mínimo de 500 indivíduos, com uma média de vinte e cinco (25) machos e vinte e cinco (25) fêmeas como genitores, por geração. |
Para preservação ex situ admiti-se ter uma raça preservada quando pelo menos o sêmen de 40 indivíduos for criopreservado, sendo 80 doses por macho, ou seja, 3200 doses por raça. Se os reprodutores forem testados quanto à congelabilidade, 25 indivíduos seriam suficientes, ou seja, 2000 doses por raça. Quanto a preservação de embriões deverão ser criopreservados um número médio de 5 embriões por doadoras, sendo necessário 180 fêmeas para que 900 embriões sejam criopreservados por raça. |
No entanto, por não sabermos precisamente o número do efetivo de caprinos e ovinos naturalizados brasileiros, por raça e por localização geográfica, fica difícil desenvolver ações de conservação. Dessa forma, o mapeamento dos rebanhos, torna-se medida prioritária para a identificação das populações a serem conservadas. E foi com esse objetivo que a Embrapa Caprinos vem mapeando os criatórios de caprinos e ovinos de raças naturalizadas e levantando o real efetivo dessas raças. O resultado desse trabalho possibilitará redirecionar as medidas emergenciais para salvaguarda das raças mais ameaçadas e o intercâmbio de material genético e informações entre os núcleos. |
Em síntese, a Embrapa Caprinos, através desse projeto, objetiva resgatar para os produtores o valor das raças naturalizadas, visando a sustentabilidade da atividade de produção de caprinos e ovinos no Nordeste e, em conseqüência, promover a fixação do homem no meio rural ao permitir a geração de emprego e renda. |
Percebe-se então, que a preservação das raças naturalizadas brasileiras além de ser uma iniciativa ecologicamente correta tem seu cunho científico, econômico e social. Destaca-se dessa forma, como uma ferramenta necessária para o desenvolvimento rural, principalmente junto aos agricultores familiares, possibilitando a otimização da eficiência produtiva ao contribuir para a sustentabilidade dos diferentes ambientes e sistemas de produção.
SITE (CRIAÇÃO DE CABRA LEITEIRA)
http://www.anancy.net/documents/file_pt/Portuguese_Leaf-01.pdf
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